Na última quarta feira, dia 23 de
abril, o Movimento Mulheres em Luta (MML) realizou o lançamento da Campanha
Nacional Contra a Violência à Mulher. A primeira atividade da campanha foi
realizada na porta da OSPER, indústria de abate de frangos, em Lagoa Santa, com
a distribuição de Cartilhas do MML sobre o tema de combate à violência. As
mulheres, que ocupam mais de 90% da linha de produção da OSPER, são superexploradas
pela jornada de trabalho extensa, com a obrigatoriedade de horas extras sem
remuneração e ainda por cima, com o piso salarial muito baixo.
Além da distribuição das cartilhas,
também foi realizada uma panfletagem, em que as militantes do MML conversaram
com as trabalhadoras sobre as diversas formas de violência praticadas pela
empresa que muitas vezes passam despercebidas, como os assédios morais, as
constantes ameaças de advertências, as injustificáveis suspensões dadas às
mulheres que apresentam atestados médicos, ou declarações que informam o
comparecimento no posto de saúde para levar filho/a doente e o grande absurdo
que é a restrição da empresa à realização de pequenas pausas para que as
trabalhadoras possam ir ao banheiro durante a jornada de trabalho. Não obstante
de todas as denuncias a empresa, as ativistas ainda debateram sobre a violência
doméstica praticada por companheiros/maridos, que infelizmente ainda é
vivenciada por tantas mulheres em nosso país.
O
Movimento Mulheres em Luta considera que para mudar a vida das mulheres é necessário
organiza-las para além de suas pautas especificas, por isso o movimento se soma
ao SINDICARNE-MG no chamado para que as trabalhadoras se organizem. Pois, para
conseguir vitórias concretas é fundamental que todas estejam unidas entre si e
com os demais companheiros, fortalecendo o seu sindicato e lutando por
valorização e melhores condições de trabalho. Por fim a atividade foi
finalizada com um chamado às trabalhadoras para conhecerem o MML e se
integrarem à Campanha Nacional Contra a Violência à Mulher.
A realização dessa primeira atividade
na OSPER segue a proposta do MML de fazer o lançamento da cartilha nas empresas
onde o efetivo de trabalhadores seja composto majoritariamente por mulheres.
“É osso, é osso,
É osso de galinha
Ou dá nossos diretos
Ou vamos para a linha"
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