sexta-feira, 6 de maio de 2011

Trabalhadores da CSN cruzam os braços

          Os trabalhadores da mineração da CSN paralisaram suas atividades por 2 horas no dia de hoje (6/5). Os cerca de 2.500 operários da Mina Casa de Pedra, em Minas Gerais, votaram praticamente por unanimidade pela paralisação.
            CSN bate recorde de lucratividade, mas quer reajuste abaixo da inflação
            A CSN em 2010 obteve uma receita líquida de R$ 14,5 bi, 32% superior a 2009. Já o seu lucro bruto subiu 71%, alcançando R$ 6,8 bi no ano passado.  É preciso destacar os números do setor da mineração, cujo faturamento chegou aos R$ 3,6 bilhões em 2010, um crescimento de 84% em relação ao ano anterior.
         Apesar desses resultados exuberantes, a CSN propõe um reajuste salarial de 5%. Esse índice está abaixo da inflação do período, que já esta na casa dos 6,5%.  Por outro lado, a reivindicação dos trabalhadores é aumento salarial 15%, além da revisão da PR para 5,4 salários, Cartão Alimentação de R$ 400, entre outras exigências.
            Proposta da empresa revolta os operários
     Os trabalhadores estão revoltados com a empresa. Além da “enrolação” nas negociações com o sindicato, a proposta de reajuste (5%) é considerada como provocação pelos funcionários.
Já na sexta-feira passada (29/4) os operários votaram pelo “Estado de Greve” e atrasaram a entrada ao trabalho. Mas hoje a mobilização aumentou e a paralisação de 2 horas atinge todos os turnos. Ao todo serão 8 horas de paralisação, interrompendo a produção da Mina que produziu 21 milhões de toneladas de minério de ferro em 2010.    
             Perspectiva de Greve
            A revolta dos operários da Mineração da CSN é grande. A inflação alta e os salários baixos estão gerando um descontentamento generalizado.  A disposição dos operários pra luta é clara. “Se a CSN não mudar a proposta e avançar para um significativo aumento real vamos à greve, essa paralisação de hoje é uma advertência” explica Valério Vieira, presidente do Sindicato Metabase Inconfidentes, que é filiado à CSP-Conlutas. 
 
João Pedro Freitas, assessor do Sindicato Metabase Inconfidentes                                                                                                                           

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