Marcados para o mesmo dia da
abertura do Mega Evento, protestos contra as injustiças da Copa
ocorrem em todo o país.
Apesar
de todo o aparato repressivo e de propaganda promovido pelos
governos, o dia 12 de Junho foi marcado como um dia de muita luta de
norte a sul do Brasil, em Belo Horizonte não foi diferente, a
manifestação chegou a alcançar 1200 pessoas em seu auge quando
alcançava a praça da liberdade.
A
convocação do ato estava marcada para meio dia, na praça 7. Mas
muitos manifestantes tiveram dificuldades de chegar no horário, pois
o efetivo de transporte público foi diminuído para o dia 12, a
prefeitura decretou feriado a partir de meio dia com o objetivo de
esvaziar o centro. A cidade estava sitiada, todos os principais
pontos contavam com um reforço policial desproporcional, ninguém
podia sair das estações de metrô e BRT sem passar pela revista da
policia. Apesar disso, por volta das 14 horas cerca de 500
manifestantes tomaram as ruas e fecharam a praça 7.
Ainda
na concentração mais manifestantes se união a passeata, o clima
alegre engrossava o caldo da festa democrática. As baterias se
formavam e davam ritmo para as palavras de ordem. As bandeiras
enfeiram toda a marcha, e apresentavam os movimentos que ali se
organizavam: CSP-Conlutas, ANEL, Luta Popular, COPAC, Organizações
Anarquistas, Coletivo Tarifa Zero, dentre outras mostraram sua cara
no grande ato do 12J. A manifestação segue a pauta de exigência
aos governos e denuncia das injustiças da COPA, com as palavras de
ordem “Por moradia, transporte, educação, pela desmilitarização
da PM e pelo direito de lutar”. Entre os cartazes também estava
presente a solidariedade a luta dos outros estados, como o apoio a
greve dos Metroviários de São Paulo e os manifestantes perseguidos
politicamente por todo o país.
Por
volta das 16:00 à marcha seguiu em direção a prefeitura, quase
1000 pessoas gritando palavras de ordem contra o aumento da tarifa,
contra o MOVE/BRT, contra a administração da prefeitura, e com
reivindicações ao governo. Depois de uma breve concentração na
prefeitura, a marcha seguiu em direção à Praça da Liberdade, a
subida da João Pinheiro foi o ponto alto da manifestação, chegando
a alcançar cerca de 1200 pessoas. O protesto seguiu festivo e
pacifico, enquanto os ativistas gritavam "que coincidência, não
tem polícia, não tem violência".
Ao
chegar a praça da liberdade, o batalhão de choque esperava pelos
manifestantes formando uma barreira de proteção para proteger o
relógio da copa. A cena indignou as pessoas que estavam no ato, e a
medida que o protesto se aproximava do rélogio novas viaturas foram
chegando e se aglutinando na parte de traz da praça da liberdade. Os
policiais começaram a cercar a manifestação pela direita e pela
frente. Varias palavras de ordem foram gritadas contra a polícia,
pela desmilitarização, e contra a defesa do relógio.
O CONFLITO
Para
despeçar a manifestação, a PM iniciou uma forte repressão com
tiros de bala de borracha e bombas de gás lacrimogênio. O que
causou tumulto e correria e dividiu o ato em dois. Um grupo fugiu
pela Av. Gonçalves Dias, e outro iniciou a dispersão para Av. João
Pinheiro. Muitas pessoas passaram mal com o gás lacrimogênio e
foram alvejadas pelas balas de borracha.
Após
o conflito, a maior parte das pessoas foi embora, mas um grupo tentou
resistir atirando paus e pedras contra a PM, que revidava com bombas
e tiros. Apesar de alguns militantes tentarem impedir, pedras foram
jogadas no Uziminas Belas Artes. A sede do DETRAN também foi
depredada e uma viatura da Policia Civil foi tombada. Nós da
CSP-Conlutas não concordamos com os atos de Vandalismo e somos
contra as depredações.
Após
o conflito recebemos vários relatos que reforçaram o sentimento de
terrorismo na cidade. A policia estava revistando qualquer grupo com
mais de 4 pessoas que andassem pelas ruas, fez um toque de recolher
nos principais bares da cidade após o fim do Jogo do Brasil sob a
alegação de proteção dos atos de vandalismo, mesmo horas depois
da dispersão da manifestação. Torcedores que assistiam o jogo na
praça JK relataram que policiais jogaram spray de pimenta no chão
para dispersar as pessoas, e um homem que reclamou do fato foi
detido. Uma repórter da mídia Ninja também foi presa após a
manifestação, e vários celulares de jovens que participavam dos
protestos foram apreendidos.
https://www.facebook.com/csp.conlutasmg/media_set?set=a.601298176643888&type=1
QUEREMOS SAÚDE, EDUCAÇÃO, MORADIA, TRANSPORTE E MORADIA PADRÃO FIFA!
LUTAR NÃO É CRIME!
CONTRA O TERRORISMO POLICIAL, DITADURA NUNCA MAIS!
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