sexta-feira, 13 de junho de 2014

12J - COPA SEM POVO! ESTOU NA RUA DE NOVO!

Marcados para o mesmo dia da abertura do Mega Evento, protestos contra as injustiças da Copa ocorrem em todo o país.

Apesar de todo o aparato repressivo e de propaganda promovido pelos governos, o dia 12 de Junho foi marcado como um dia de muita luta de norte a sul do Brasil, em Belo Horizonte não foi diferente, a manifestação chegou a alcançar 1200 pessoas em seu auge quando alcançava a praça da liberdade.
A convocação do ato estava marcada para meio dia, na praça 7. Mas muitos manifestantes tiveram dificuldades de chegar no horário, pois o efetivo de transporte público foi diminuído para o dia 12, a prefeitura decretou feriado a partir de meio dia com o objetivo de esvaziar o centro. A cidade estava sitiada, todos os principais pontos contavam com um reforço policial desproporcional, ninguém podia sair das estações de metrô e BRT sem passar pela revista da policia. Apesar disso, por volta das 14 horas cerca de 500 manifestantes tomaram as ruas e fecharam a praça 7.
Ainda na concentração mais manifestantes se união a passeata, o clima alegre engrossava o caldo da festa democrática. As baterias se formavam e davam ritmo para as palavras de ordem. As bandeiras enfeiram toda a marcha, e apresentavam os movimentos que ali se organizavam: CSP-Conlutas, ANEL, Luta Popular, COPAC, Organizações Anarquistas, Coletivo Tarifa Zero, dentre outras mostraram sua cara no grande ato do 12J. A manifestação segue a pauta de exigência aos governos e denuncia das injustiças da COPA, com as palavras de ordem “Por moradia, transporte, educação, pela desmilitarização da PM e pelo direito de lutar”. Entre os cartazes também estava presente a solidariedade a luta dos outros estados, como o apoio a greve dos Metroviários de São Paulo e os manifestantes perseguidos politicamente por todo o país.
Por volta das 16:00 à marcha seguiu em direção a prefeitura, quase 1000 pessoas gritando palavras de ordem contra o aumento da tarifa, contra o MOVE/BRT, contra a administração da prefeitura, e com reivindicações ao governo. Depois de uma breve concentração na prefeitura, a marcha seguiu em direção à Praça da Liberdade, a subida da João Pinheiro foi o ponto alto da manifestação, chegando a alcançar cerca de 1200 pessoas. O protesto seguiu festivo e pacifico, enquanto os ativistas gritavam "que coincidência, não tem polícia, não tem violência".
Ao chegar a praça da liberdade, o batalhão de choque esperava pelos manifestantes formando uma barreira de proteção para proteger o relógio da copa. A cena indignou as pessoas que estavam no ato, e a medida que o protesto se aproximava do rélogio novas viaturas foram chegando e se aglutinando na parte de traz da praça da liberdade. Os policiais começaram a cercar a manifestação pela direita e pela frente. Varias palavras de ordem foram gritadas contra a polícia, pela desmilitarização, e contra a defesa do relógio.

O CONFLITO

Para despeçar a manifestação, a PM iniciou uma forte repressão com tiros de bala de borracha e bombas de gás lacrimogênio. O que causou tumulto e correria e dividiu o ato em dois. Um grupo fugiu pela Av. Gonçalves Dias, e outro iniciou a dispersão para Av. João Pinheiro. Muitas pessoas passaram mal com o gás lacrimogênio e foram alvejadas pelas balas de borracha.
Após o conflito, a maior parte das pessoas foi embora, mas um grupo tentou resistir atirando paus e pedras contra a PM, que revidava com bombas e tiros. Apesar de alguns militantes tentarem impedir, pedras foram jogadas no Uziminas Belas Artes. A sede do DETRAN também foi depredada e uma viatura da Policia Civil foi tombada. Nós da CSP-Conlutas não concordamos com os atos de Vandalismo e somos contra as depredações.
Após o conflito recebemos vários relatos que reforçaram o sentimento de terrorismo na cidade. A policia estava revistando qualquer grupo com mais de 4 pessoas que andassem pelas ruas, fez um toque de recolher nos principais bares da cidade após o fim do Jogo do Brasil sob a alegação de proteção dos atos de vandalismo, mesmo horas depois da dispersão da manifestação. Torcedores que assistiam o jogo na praça JK relataram que policiais jogaram spray de pimenta no chão para dispersar as pessoas, e um homem que reclamou do fato foi detido. Uma repórter da mídia Ninja também foi presa após a manifestação, e vários celulares de jovens que participavam dos protestos foram apreendidos.

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QUEREMOS SAÚDE, EDUCAÇÃO, MORADIA, TRANSPORTE E MORADIA PADRÃO FIFA!
LUTAR NÃO É CRIME!
CONTRA O TERRORISMO POLICIAL, DITADURA NUNCA MAIS!
CONTRA A REPRESSÃO E PELA DESMILITARIZAÇÃO DA PM!














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