quinta-feira, 20 de março de 2014

ESTAMOS SOFRENDO UM ATAQUE ABSURDO QUE VISA IMPEDIR A REALIZAÇÃO DO NOSSO ENCONTRO NACIONAL

Aos companheiros e companheiras das entidades que compõem o Espaço de Unidade de ação,

Estamos na reta final do Encontro e tudo aponta para uma atividade muito vitoriosa, reforçada agora pela decisão do Jubileu Sul Brasil e Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa de também participar e enviar representantes.
Nesse final de semana, a partir de uma matéria veiculada pelo blog e depois na Revista Veja, foi desencadeada uma forte ofensiva contra o nosso encontro.
Uma das matérias foi publicada no portal da Record (R7), repetindo a matéria da Veja e diz o seguinte:
“Líderes dos manifestos e passeatas contra a realização da Copa do Mundo 2014 no Brasil vão se reunir, no sábado (22), com a torcida Mancha Verde, do Palmeiras, na sede da organizada, em São Paulo.
O encontro, batizado de Na Copa vai ter Luta, é organizado pela Conlutas, central sindical ligada ao PSTU e identificada pelas autoridades como uma das principais apoiadoras dos black blocks nas manifestações.
Na pauta da reunião, a organização dos protestos que os novos parceiros pretendem realizar nos dias dos seis jogos da Copa em São Paulo.
Sem dúvida uma parceria com todo potencial para ser explosiva.
Tomara que não resulte na explosão de inocentes”.

Conseguimos que fosse publicada uma retratação nesse blog, mas o estrago já estava feito. Com a Veja, logicamente, não teve conversa.
Após a publicação da matéria, a diretoria da Escola de samba foi pressionada por ligações de associados, polícia civil, Federação Paulista de Futebol, dentre outros e suspendeu unilateralmente o contrato para realização do Encontro.
Fizemos uma reunião hoje pela manhã com eles, pedindo a reconsideração, e eles ficaram de fazer contato até o final do dia, mas é pouco provável que revejam sua opinião.
Junto com isso, fizemos contato com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e estamos aguardando uma reunião.
Já tentamos outros locais (todos particulares), mas aparentemente está tudo fechado para a realização do nosso encontro.
Portanto, não temos dúvida de que estamos diante de uma ofensiva, que envolve governos, polícia, CBF e outros para impedir o encontro.
Pela dificuldade que temos de realizar uma reunião presencial, estou enviando esse e-mail e propondo os seguintes encaminhamentos:

1.      Vamos realizar o encontro, SIM OU SIM, mesmo que para isso tenhamos que modificar o formato ou mesmo fazer uma assembleia popular, em praça pública, ou ainda transformá-lo numa manifestação de denúncia da criminalização e desmandos da Copa.
2.      Essa decisão será tomada coletivamente, pelas entidades e organizações do Espaço de Unidade de ação.
3.      Vamos seguir procurando um local alternativo, mas está muito difícil. Os que tentamos deram desculpas e não quiseram fechar contrato conosco.
4.      Aguardaremos até o final do dia um posicionamento da Secretaria de Segurança e da Escola de Samba. A partir daí iniciaremos uma campanha de denúncia do que está ocorrendo, pelos sindicatos, movimentos, redes sociais, as discutiremos iniciativas jurídicas e políticas.
5.      Seguiremos convocando e organizando as delegações normalmente. Por exemplo, já temos dois ônibus de Belém do Pará na estrada, a caminho do encontro.
6.      Seguiremos com a preparação política, conforme combinado. Amanhã enviarei a proposta da resolução política e planos de lutas.
A situação é grave, mas a decisão de manter o encontro me parece inquestionável.
Uma observação: os eventos das CSP Conlutas, que são menores, não estão afetados por essa ofensiva. Os locais desses eventos, a princípio, não são os mais adequados para a realização do nosso encontro nacional, mas, no limite, veremos as condições de utiliza-los (USP e Sindicato dos Metroviários). Os contatos estão sendo feitos.

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