Amanhã, 20 de novembro, acontece em todo o Brasil a “Marcha da Periferia”, o ato público que acontece na semana da consciência negra foi uma iniciativa do movimento Hip Hop “Quilombo Urbano”, do Maranhão e começou no ano de 2006. Porém desde 2011 que a iniciativa se nacionalizou e tem tomado proporções em todas as principais cidades do país”. Essa iniciativa decorreu da percepção dos integrantes desta organização de que os conflitos entre a juventude negra estavam se deslocado dos enfrentamentos entre os bairros para o interior dos bairros. A esse processo passaram a chamar de “Guerra Interna” e identificar como uma clara política de Estado para controle social da juventude negra e pobre.
Embora os Movimentos HipHop tenham sido os primeiros à encabeçar as Marchas das periferias, hoje eles não são os únicos a compor a marcha. Devido a entrada em cena dos movimentos sociais, ocupações urbanas e partidos políticos de esquerda, a Marcha tem ganhado cada vez mais adeptos, e já faz parte do calendário de todos os engajados com os movimentos sociais e raciais.
Nacionalmente a marcha desse ano tem o tema: “Pelos Amarildos... da Copa eu abro mão”, acontecerá em várias cidades e estados do Brasil, em muitos com a adesão e fortalecimento de outros movimentos de opressões, sociais, estudantis e entidades sindicais. Em Belo Horizonte a marcha da periferia está sendo encabeçada pelo Quilombo Raça e Classe, movimento popular filiado a CSP-Conlutas, e tem com principal pauta à luta por moradia das ocupações urbanas. O Quilombo está puxando um ato às 14:30 na praça Raul Soares, mas antes disso realizará um grande almoço e concentração para o ato na Ocupação William Rosa, em Contagem.
A ocupação William Rosa é organizada pelo movimento nacional Luta Popular, também filiado a CSP-Conlutas e promete colocar vários ônibus com representantes de todas às 3900 famílias no ato da Raul Soares.
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