Sempre que chega o mês de abril, os trabalhadores
são surpreendidos no holerite com um desconto equivalente a um dia do
tão suado salário.
É o famigerado Imposto Sindical, que arrancou do
bolso dos trabalhadores nada menos do que R$ 1,4 bilhão, somente no ano
passado. Este bolo foi divido entre sindicatos, centrais sindicais,
federações, confederações e governo.
Veja para onde vai seu dinheiro:
Sindicato - 60%, Federação - 15%, Confederação - 5%, Central Sindical - 10%, Governo - 10%
Do R$ 1,4 bilhão do ano passado, as centrais
repartiram entre si cerca de R$ 135 milhões. Assim, entre 2008 e 2011,
as seis centrais receberam do governo federal pouco mais de R$ 355
milhões.
Isso acaba totalmente com a independência dos
sindicatos, que passam a atuar como correias de transmissão a serviço
dos interesses dos patrões, governo e do próprio Estado capitalista.
Ou seja, todo mundo pegou uma fatia do dinheiro que
deveria ser exclusivamente do trabalhador. O Imposto Sindical,
equivalente a um dia de trabalho, é combatido duramente pela CSP-Conlutas. Desde 1999, não cobramos o imposto em
nossa base.
Inconstitucional
Hoje, existe uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade que pede o fim do imposto, no Supremo Tribunal
Federal (STF). A discussão está acalorada entre as centrais e
sindicatos.
A CTB é uma das maiores defensoras da manutenção
desse famigerado desconto. Já a CUT, afirma ser contrária, mas propõe
que em troca seja criada outra taxa obrigatória.
Nas palavras do próprio presidente da CUT, Arthur Henrique, a nova taxa “renderia até mais aos sindicatos”.
Balcão de negócios
Apesar do alto volume de verba envolvida, as centrais sindicais não têm nem mesmo de explicar o que fazem com o dinheiro.
O fato é que esse imposto, criado pelo governo Getúlio Vargas, visa “amansar” os sindicatos e deixá-los dependentes do governo.
Com os caixas cheios, os sindicatos se acomodam e
se afastam dos trabalhadores. Em muitos casos, o sindicato se transforma
em um balcão de negócios e coloca em jogo os direitos da classe
trabalhadora.
Sindicatos fantasmas vivem do Imposto Sindical
O Imposto Sindical propiciou, ao longo dos últimos anos, o surgimento de uma série de sindicatos menores, os chamados sindicatos
de gaveta ou até mesmo fantasmas, sem qualquer representatividade
efetiva nas negociações com a classe patronal.
Não
se questiona a funcionalidade que teriam os sindicatos muito
específicos no tocante ao conhecimento profundo sobre determinados
setores da economia e, consequentemente, às demandas que a classe
trabalhadora daquela área apresenta.
Entretanto,
é notório que essas agremiações são criadas com o único propósito de se
apropriarem todo ano do valor correspondente a um dia de trabalho
daqueles que representam, sem qualquer contrapartida relevante, àqueles
que sequer puderam optar por abrir mão ou não dessa quantia, subtraída
de seus já arrochadados salários.
A conclusão a que se chega é a mais óbvia. São apenas sanguessugas, que
viram nos sindicatos um meio de vida, pouco importando a sua função
social. Outros, com aspirações políticas, fazem dos trabalhadores sua
massa de manobra, de olhos nas eleições vindouras, isso quando tem alguma representatividade nas categorias!
PELO FIM DO IMPOSTO SINDICAL!
POR SINDICATOS INDEPENDENTES DE PATRÕES E GOVERNOS!
CAMPANHA EFETIVA DE FILIAÇÃO DOS TRABALHADORES AOS SINDICATOS DE LUTA!!
Fonte: www.demetal.org.br e www.diariosp.com.br
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