terça-feira, 8 de maio de 2012

IMPOSTO SINDICAL:PORQUE DEFENDEMOS SEU FIM!


Sempre que chega o mês de abril, os trabalhadores são surpreendidos no holerite com um desconto equivalente a um dia do tão suado salário.

É o famigerado Imposto Sindical, que arrancou do bolso dos trabalhadores nada menos do que R$ 1,4 bilhão, somente no ano passado. Este bolo foi divido entre sindicatos, centrais sindicais, federações, confederações e governo.

Veja para onde vai seu dinheiro:
Sindicato - 60%, Federação - 15%, Confederação - 5%, Central Sindical - 10%, Governo - 10%

Do R$ 1,4 bilhão do ano passado, as centrais repartiram entre si cerca de R$ 135 milhões. Assim, entre 2008 e 2011, as seis centrais receberam do governo federal pouco mais de R$ 355 milhões.

Isso acaba totalmente com a independência dos sindicatos, que passam a atuar como correias de transmissão a serviço dos interesses dos patrões, governo e do próprio Estado capitalista.

Ou seja, todo mundo pegou uma fatia do dinheiro que deveria ser exclusivamente do trabalhador. O Imposto Sindical, equivalente a um dia de trabalho, é combatido duramente pela CSP-Conlutas. Desde 1999, não cobramos o imposto em nossa base.

Inconstitucional
Hoje, existe uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que pede o fim do imposto, no Supremo Tribunal Federal (STF). A discussão está acalorada entre as centrais e sindicatos.

A CTB é uma das maiores defensoras da manutenção desse famigerado desconto. Já a CUT, afirma ser contrária, mas propõe que em troca seja criada outra taxa obrigatória.

Nas palavras do próprio presidente da CUT, Arthur Henrique, a nova taxa “renderia até mais aos sindicatos”.

Balcão de negócios
Apesar do alto volume de verba envolvida, as centrais sindicais não têm nem mesmo de explicar o que fazem com o dinheiro.

O fato é que esse imposto, criado pelo governo Getúlio Vargas, visa “amansar” os sindicatos e deixá-los dependentes do governo.

Com os caixas cheios, os sindicatos se acomodam e se afastam dos trabalhadores. Em muitos casos, o sindicato se transforma em um balcão de negócios e coloca em jogo os direitos da classe trabalhadora.

Sindicatos fantasmas vivem do Imposto Sindical
O Imposto Sindical propiciou, ao longo dos últimos anos, o surgimento de uma série de sindicatos menores, os chamados sindicatos de gaveta ou até mesmo fantasmas, sem qualquer representatividade efetiva nas negociações com a classe patronal.

Não se questiona a funcionalidade que teriam os sindicatos muito específicos no tocante ao conhecimento profundo sobre determinados setores da economia e, consequentemente, às demandas que a classe trabalhadora daquela área apresenta.

Entretanto, é notório que essas agremiações são criadas com o único propósito de se apropriarem todo ano do valor correspondente a um dia de trabalho daqueles que representam, sem qualquer contrapartida relevante, àqueles que sequer puderam optar por abrir mão ou não dessa quantia, subtraída de seus já arrochadados salários.
A conclusão a que se chega é a mais óbvia. São apenas sanguessugas, que viram nos sindicatos um meio de vida, pouco importando a sua função social. Outros, com aspirações políticas, fazem dos trabalhadores sua massa de manobra, de olhos nas eleições vindouras, isso quando tem alguma representatividade nas categorias!
PELO FIM DO IMPOSTO SINDICAL!
POR SINDICATOS INDEPENDENTES DE PATRÕES E GOVERNOS!
CAMPANHA EFETIVA DE FILIAÇÃO DOS TRABALHADORES AOS SINDICATOS DE LUTA!!

 Fonte: www.demetal.org.br e www.diariosp.com.br

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