sexta-feira, 13 de abril de 2012

CSP-CONLUTAS DIVULGA MOÇÃO DE APOIO AO GREVE DA EDUCAÇÃO INFANTIL

As professoras da Educação Infantil de Belo Horizonte estão em greve há quase um mês com adesão de mais 65% da categoria. “É uma greve pelo cumprimento do direito constitucional da atuação do docente na educação infantil”, explica a diretora do Sindrede-BH (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte) filiado à CSP-Conlutas, Andreia Carla Ferreira que também integra a Secretaria Executiva Estadual da Central.

Andréia informa que essas educadoras sentem-se discriminadas e lutam pela unificação da carreira das professoras da base infantil (que atende crianças de 0 a 5 anos) às professoras do ensino fundamental (que atende crianças de 6 a 14 anos). Segundo a diretora do Sindrede-BH, a prefeitura alega que as professoras de educação infantil não exercem um trabalho de docência e se nega a considerá-las como professoras e a igualar suas carreiras e salários com os professores municipais – uma luta antiga das educadoras, que possuem a mesma formação profissional (ensino superior) e ganham cerca de 40% menos que os professores do ensino fundamental.

O prefeito Márcio Lacerda se recusa a negociar, ataca o direito de organização e luta das professoras com medidas de repressão interna e mente para a imprensa e para a população dizendo que já apresentou sua proposta – um projeto que apenas muda a nomenclatura do cargo de educadora, mas não unifica as carreiras e não iguala os salários com os demais professores.

As educadoras têm realizado mobilizações, participado de assembleias, audiências públicas e continuam enfrentando a dureza por parte da prefeitura. Na terça-feira (10) houve uma Audiência Pública sobre o orçamento público. Segundo a presidente do Sindrede-BH a prefeitura alega não ter dinheiro para pagar  os docentes, porém segundo ela, dinheiro tem,  o que está faltando é vontade política por parte do prefeito. “A prefeitura de BH está priorizando os bancos, empreiteiras. Em contrapartida não investe na educação. Para ter uma ideia,  a prefeitura gasta apenas 1,7% no PIB na educação, sendo que o estipulado em lei, seria de 5%”, explica,  acrescentando isso demonstra o descaso do prefeito com a Educação. “Nós  queremos e exigimos mais investimentos na Educação, por isso  levantamos a bandeira pelos 10% do PIB para a educação”, salientou, citando a campanha permanente da CSP-Conlutas.

Existe um projeto de Lei 2068/2012 que trata das questões referentes às professoras de educação infantil.  O Sindrede-BH quer criar um substitutivo que atenda todas as reivindicações das educadoras em relação a equiparação da carreira, proposta ainda não contemplada no projeto.

O  manifesto em apoio à greve, assinado por entidades apoiadoras, entre as quais a CSP-Conlutas,  defende que   “a luta das professoras da educação infantil pela valorização da sua carreira é uma luta de toda cidade, e principalmente das classes trabalhadoras, pelo acesso e pela qualidade na educação”.
O documento reivindica também que o  ” prefeito Márcio Lacerda  abra imediata negociação com as professoras em greve e atenda sua justa reivindicação de serem tratadas verdadeiramente como professoras qualificadas e importantes para o desenvolvimento das nossas crianças”.

A CSP-Conlutas apoia  a greve dos professoras do ensino infantil de Belo Horizonte  e orienta a todas as entidades a enviarem moções de apoio.

Veja aqui as reivindicações dessas educadoras

Veja aqui modelo de moção 

Fonte:www.cspconlutas.org.br

0 comentários:

Postar um comentário