quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

19 de fevereiro será dia de luta contra as demissões na Novelis!

Por Andrea Carla Ferreira, dirigente do Sind-REDE BH e membro da Coordenação Estadual da CSP-Conlutas MG. Fotos: Barão Freitas

A audiência pública realizada no último dia 30 de janeiro na Câmara Municipal de Ouro Preto foi marcada por uma demonstração de clareza e indignação por parte dos representantes dos trabalhadores e dos vereadores presentes.

O coordenador político do sindicato, Roberto Wagner de Carvalho, enfatizou que o fechamento da redução II e a demissão de 160 trabalhadores significam mais um passo rumo à desativação total da companhia, que contará com apenas 440 trabalhadores.

Lembrou que a companhia,durante a década de 90, teve 3.000 trabalhadores.

Além disso, entre os trabalhadores na lista de demissões, existem muitos que já poderiam estar com aposentadoria especial, entretanto, a empresa não recolhe adequadamente o GFIP e continua preenchendo os PPP´s de forma errada.

Outro aspecto é que muitos trabalhadores estão doentes, com problemas na coluna, ou mesmo vítimas de queimaduras.

Ao final de sua explanação, Roberto expôs que o interesse da Novelis em Ouro Preto é somente investir na venda de energia, já que a empresa possui concessão em diversas pequenas usinas hidrelétricas instaladas em Ouro Preto e outras cidades do interior mineiro.

Explicou que isso se deve ao fato de que a que as usinas de produção de alumínio, como a Novelis, são eletrointensivas e consomem muita energia, representando 35% dos custos totais de produção.

Neste sentido, existe um mercado muito grande de especulação de energia.

O próprio fechamento da Novelis não significa que exista uma crise econômica na empresa. É fruto de uma reestruturação, pois a mesma investiu U$ 300 milhões na ampliação da unidade de Pindamonhangaba.

Como solução para o problema propôs a estatização da empresa, pois a Novelis utiliza os recursos naturais do Estado, a mão de obra e quer especular jogando contra os interesses dos trabalhadores e da população de Ouro Preto.

A Novelis enviou um advogado como representante, o qual, leu e explicou uma carta afirmando que a empresa pretende mesmo o fechamento e as demissões.

As demais falas enfatizaram a indignação contra a empresa. Os vereadores enfatizaram que a Câmara não está a venda ao refutarem um trecho da carta da empresa que afirma investir 500 mil reais em obras sociais.

Fortalecer a resistência contra os planos da Novelis!

Como proposta da própria Câmara foi aprovado um ato público na portaria da Novelis no dia 19 de fevereiro, 16 horas, para a participação de toda a comunidade. Também serão agendadas reuniões com o Governo do Estado, Ministério Público do Trabalho, e Governo Federal.

A Federação Democrática dos Metalúrgicos de Minas Gerais e os sindicatos filiados estiveram presentes e manifestaram todo apoio dos metalúrgicos de Minas Gerais a luta dos trabalhadores da Novelis. Ouve também a fala do MAB, Movimento dos Atingidos por Barragens, que enfatizou como a Novelis e o governo do Estado trataram as mais de 1.000 famílias expulsas de suas terras para a construção das barragens.






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