Convite à construção e à unidade:
O Anuário das Mulheres Brasileiras (2011) comprovou o que muitas trabalhadoras sentem diariamente: a falta de vagas nas creches é a necessidade mais sentida pela mulher brasileira.
Em todo o País, 80% das crianças de 0 a 6 anos não frequentam nenhuma
escola infantil. Isso significa que as mães trabalhadoras, da cidade e
do campo, estão abandonadas em sua busca por emprego e renda, pois o
Estado e as empresas não lhes garantem condições mínimas para que possam
trabalhar e sustentar suas famílias. Além disso, a falta de escolas
infantis públicas fere um direito da criança, garantido na Constituição
de 88 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (96).
A
luta pela Educação Infantil no Brasil teve seu ponto forte na década de
80, quando mulheres, sindicalistas e profissionais da Educação
conquistaram relativa ampliação na rede de atendimento e,
fundamentalmente, inseriram as creches no âmbito das políticas para
Educação. Ou seja, garantir escolas infantis passou a ser
responsabilidade do Estado e não de organizações assistenciais e
religiosas. Porém, durante mais de 20 anos, os cortes de verbas e o
desmonte da Educação pública afetaram essas conquistas: hoje, boa parte
das escolas infantis públicas não consegue atender toda a demanda,
muitas estão precarizadas, com profissionais desvalorizadas, e em muitas
cidades elas sequer existem de verdade. Em geral, predomina o sistema
de creches conveniadas. No campo, o atendimento é ainda mais escasso e
estima-se que milhares de escolas infantis foram fechadas, nas áreas
rurais, nos últimos anos.
O
momento é importante para essa luta. Por um lado, o poder público
reconhece a importância da pauta e tem seus projetos para a Educação
Infantil. Ao ser eleita, Dilma prometeu a construção de 6 mil novas
creches até o fim de seu mandato, mas até o momento não inaugurou
nenhuma - inclusive cortou mais de R$ 100 bi das áreas sociais. Por
outro lado, as educadoras infantis estão se mobilizando em diversas
cidades por reconhecimento e melhores salários – como em BH, onde
realizaram uma greve histórica de 45 dias este ano. Nos bairros, comitês
e associações também reivindicam mais vagas e atendimento de qualidade.
Nesse
debate, é muito importante que as mulheres trabalhadoras, da cidade e
do campo, ativistas, sindicalizadas, desempregadas, donas de casa,
estudantes, se organizem para dizer que Educação Infantil queremos e exigir dos governos um direito que é das crianças, mas também das mulheres.
Justamente
para unir forças, conhecimentos e experiências, convocamos todas as
organizações sindicais, movimentos sociais e sociedade civil, da capital
e do interior de Minas, para a construção de um 1º Seminário sobre
Educação Infantil.
Convidamos todas para a primeira reunião de organização do Seminário e definição de seus objetivos de forma conjunta:
14 de junho, quinta-feira, às 18h
Local: Sind-Rede/BH (Av. Amazonas, 491 – 10 andar)
Saudações de luta!
Movimento Mulheres em Luta/CSP-Conlutas - Minas Gerais
Contato: 8772-1637 (Lívia) e Mônica (8765-9460)
Movimento Mulheres em Luta/CSP-Conlutas - Minas Gerais
Contato: 8772-1637 (Lívia) e Mônica (8765-9460)
"Nada causa mais horror à ordem do que mulheres que lutam e sonham" (José Martí)
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