A madrugada dessa segunda feira
começou com uma forte greve do setor de transportes de BH e região, segundo o
Sindicato dos Trabalhadores em Transportes e Rodoviários de BH e região (STTR-BH),
desde as 0hs de hoje, mais de 70% dos motoristas e cobradores cruzaram os
braços como determinou às assembleias da categoria, realizadas na última quinta
feira. A grande adesão por parte dos trabalhadores é uma resposta à intransigência
da Patronal, que até este momento ainda não apresentou uma proposta de reajuste
salarial nas negociações da campanha salarial da categoria. Diante de tamanha
má vontade, a direção do sindicato que não se moveu para nenhuma paralisação
desde 2012, foi arrastado pela base para a luta.
Além do reajuste salarial de
21,5% a categoria também reivindica melhores condições de trabalho, com a redução
da jornada para 6 horas semanais, ticket alimentação com 30 folhas no valor de R$15,00
e piso salarial com valor 30% acima do motorista do transporte convencional
para os condutores do BRT/Move.
A CSP-Conlutas apoia e se
solidariza com os trabalhadores dos transportes e endossa as suas
reivindicações, que nada mais são do que as garantias mínimas de sobrevivência
para os trabalhadores do setor. E repudiamos a ação da justiça que obriga mais
de 50% da frota a rodar nos horários convencionais e 70% nos horários de pico,
sob pena de multa diária de 50 mil reais para o sindicato, o direito à greve e
a manifestação tem que ser preservado. Também repudiamos a ação do governo do
estado, que sob a desculpa de evitar atos de violência, mandou reforçar o
policiamento com vários efetivos nas portas das estações, coagindo os trabalhadores
à não realizarem os piquetes.
É possível avançar mais!
A participação ativa nos piquetes,
realizados nesta manhã nas maiores garagens da região, demonstram como à
disposição de luta dos trabalhadores a partir das manifestações de junho do ano
passado, tem mudado. Os rodoviários de Porto Alegre deram o exemplo, chegando a
fazer paralisações gerais com 100% de adesão. É com greve que os motoristas e cobradores
decidiram enfrentar a intransigência da Patronal, e para buscar apoio para a
categoria é preciso que estes se somem aos outros setores que também discutem
às pautas dos transportes e que também estão em movimento.
Por isso reivindicamos que além
de suas justíssimas pautas por melhores condições de vida e trabalho, os Trabalhadores
Rodoviários também incorporem às lutas por um transporte público e de
qualidade!
- Pela redução da tarifa, Lacerda
repasse a isenção do ‘CGO’ para a população!
- Contra a redução dos postos de
trabalho! Retirar os cobradores gera acumulo de função para o motorista e
perigo para os passageiros!
- Pela Municipalização do
transporte!
- Transporte não é mercadoria, é
direito!
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