quinta-feira, 6 de junho de 2013

Com cerca de 1800 participantes, 2º Congresso Nacional da ANEL reuniu as principais lutas da juventude no Brasil e no Mundo


Na plenária final do Congresso da Anel foram votadas resoluções importantes para definir as lutas do próximo período da entidade. Dentre entre as quais a incorporação da entidade ao  Encontro Nacional de Educação promovidos pelo Andes-SN e Sinafese que ocorrerá em 2014. Além de votar o Estatuto da entidade. Confira o vídeo que a integrante da Anel fala sobre as resoluções e faz um balanço do que representou o Congresso: 



A atividade foi vitoriosa  e contou com a participação  de 1.500 estudantes e  demostrou o fortalecimento da Anel e sua atuação na  luta dos estudantes.

AS FORMAS DE OPRESSÃO E SEU COMBATE SÃO TEMAS IMPORTANTES NO 2º CONGRESSO DA ANEL

O sábado, terceiro dia do 2º Congresso Nacional da Anel, foi dedicado ao debate sobre as formas de opressão e ao seu combate.

A plenária que reuniu quasen 2 mil estudantes antecipou os debates travados nos grupos de discussão. Por fim, os presentes cerraram fileiras na luta contra o machismo, a homofobia e o racismo, além das ações discriminatórias e que levem ao preconceito e à desigualdade social.

Iniciada com a intervenção de Camila Lisboa, da direção do Movimento Mulheres em Luta (MML), a plenária teve acesso a números assustadores que revelam a brutalidade do machismo no país. De cada dez mulheres, sete vão viver ou já viveram algum tipo de violência – seja física ou psicológica.

Estiveram presentes entidades e movimentos sociais que lutam contra as opressões. Entre eles, o MML (Movimento Mulheres em Luta), Movimento Quilombo Raça e Classe e Setorial LGBT, os três ligados à CSP-Conlutas, assim como o Coletivo Negro e Ação da URGS e a bloguista e professora feminista Lola Aronovich.

 “O capitalismo perdeu o controle dos assassinatos, estupros e verdadeiro genocídio que acomete as mulheres”, denunciou a integrante do MML Camila Lisboa, que também faz parte da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas. “Por isso, é com muito orgulho que estamos aqui neste congresso. Porque onde a ANEL estiver, onde estiver um Centro Acadêmico da ANEL, um estudante que seja, um ativista que veio a Juiz de Fora, não vamos aceitar isso. A opressão contra as mulheres, os negros e o setor LGBT não é brincadeira”.

DEBATE SOBRE EDUCAÇÃO E PLANO DE LUTAS MARCAM O SEGU NDO DIA DO CONGRESSO

No segundo dia do 2º Congresso da Anel o tema central dos debates foi a educação pública no país. Logo pela manhã, as reflexões sobre o ensino foram abertas com o debate ‘A Educação Pública Não Pode Esperar: Por outro Projeto de Educação’.

Marinalva Silva, presidente do ANDES, e o professor do IFET-SP, Valério Arcary, foram os convidados da Mesa da Educação. A frente de uma das entidades que foram protagonistas na greve de 2012 realizada pelos estudantes, professores e funcionários técnicos das universidades federais, Marinalva fez críticas contundentes ao projeto de educação PT, materializado principalmente por meio do PNE (Plano Nacional de Educação).

“O PNE representa o avanço de novos ataques aos trabalhadores e aos estudantes. Precisamos nos unir, porque esta medida tem um significado muito perverso: ela retira o caráter público da educação por uma ‘educação gratuita’, que é bancada com dinheiro público repassado para a iniciativa privada. Temos muitas lutas para os próximos anos”, afirmou Marinalva.

Arcary fez um balanço dos dez anos de PT no poder, questionando os estudantes presentes se houve, de fato, avanços na educação brasileira na última década. “Devemos nos perguntar: Lula e Dilma fizeram as reformas prometidas? Para nós, é muito grave que os governos do PT tenham ajudado a construir no país o maior grupo privado de ensino do mundo”.

Além disso, Arcary definiu como “sem precedentes e possivelmente não repetido em nenhum outro país” o enorme volume de isenções fiscais destinadas aos tubarões do ensino. “Nos primeiros anos de seu governo, Lula perdoou uma dívida astronômica dos grupos privados em troca de vagas. Esta dívida, praticamente impagável, poderia ter sido executada pelo governo, federalizando mais de 50% das universidades sem gastar um único centavo. Mas o governo pensou: vamos executar a dívida ou dar mais dinheiro a eles? Deram vida ao ensino privado”, sentenciou Arcary.

Ambos os convidados colocaram como tarefas prioritárias do movimento estudantil para 2013 a defesa por 10% do PIB Já para a Educação, a defesa por uma educação pública e de qualidade, além de um plano de lutas contra o projeto de educação do governo, cujo signo é a manutenção da lógica de mercado no ensino. “Aplicar os 10% do PIB imediatamente para a educação é uma ação mínima e necessária do governo para que o país reduza a enorme dívida que existe do Estado com a educação”, afirmou Marinalva.

“A SÍRIA EXIGE LIBERDADE” FOI GRITO DE GUERRA QUE TOMOU O PLENÁRIO QUANDO OS ESTUDANTES SÍRIOS DISCURSARAM 
Wilson H. Silva, direto de Juiz de Fora (MG)

O final do primeiro dia do 2º Congresso da ANEL, que acontece de 31 de maio a 2 de junho em Juiz de Fora (MG), foi marcado pela solidariedade à luta da juventude e dos trabalhadores mundo afora. Em um ato que contou com a presença de representantes da Argentina, Chile, Costa Rica, Espanha, Quebec, Senegal e Síria, os delegados celebraram e reafirmaram uma das principais características da entidade desde seu surgimento: o internacionalismo. 

“Ô índio, pode lutar, porque a ANEL vai te apoiar”

O ato teve início com as falas de dois jovens indígenas do Mato Grosso do Sul, Sérgio Terena e Oriel Kayowá que, emocionados, relataram mais um crime cometido contra as populações nativas brasileiras: o assassinato, pela polícia federal, na noite anterior (29 de maio), de Oziel Gabriel, um estudante do ensino médio de sua comunidade.

Depois de um minuto de silêncio, Sérgio lembrou: “Hoje, nós estamos com uma profunda dor no coração, mas viemos aqui para somar forças com a galera da ANEL porque sabemos que, neste congresso, podemos encontrar apoio para continuar lutando por nossos direitos e contra este tipo de covardia que, sabemos, é de inteira responsabilidade do governo federal”.

Uma certeza que foi reafirmada pelo plenário que, em coro, lembrou a luta de outro povo símbolo da luta dos povos indígenas brasileiros: “Vou resistir! Vou lutar! Somos todos guarani-kaiowá”

As Américas unidas na luta

Na sequência, os estudantes chilenos Pedro Quesadas e Felipe Baez tomaram a palavra para relatar a situação da luta estudantil em seu país. Pedro, que atuou na rebelião dos estudantes secundaristas, em 2006 (que ficou conhecida como “Rebelião dos Pinguins”), e esteve preso por 72 dias, em 2011, em função de sua luta em defesa da educação, denunciou o projeto mercantilização e elitização do ensino no Chile e em toda a América Latina, levado a cabo, atualmente, por governos que se autodenominam de “centro-esquerda”, como foi o de Michele Bachellet, em seu país.

Um projeto que, nas palavras de Felipe “só pode ser barrado através da luta, algo que, em nosso país, começa pela exigência de que o governo nacionalize a produção do cobre e dos recursos do país, revertendo a verba necessária para que tenhamos a educação pública, laica e de qualidade que todos nós merecemos e precisamos”.

Priscila Hernandez, “incendiou” o plenário ao trazer a saudação dos estudantes costa-riquenhos ao congresso: “Hoje, vocês estão fazendo História. No momento em que a maior crise do capitalismo desde 1929, joga o mundo e a juventude, em particular, na miséria e no desemprego, vocês estão dando um exemplo de garra e resistência. Estão dizendo, em alto e bom som, que nós nos recusamos a pagar pela crise criada pelos governos e pelos patrões. Estão dando um exemplo, para todos nós, jovens e estudantes do mundo inteiro, que é possível sonhar, é possível lutar”.

Uma luta que, ainda nas palavras Priscila só pode ser travada da forma que tem caracterizado a história da  ANEL: “Lamentavelmente, mundo afora, não foram poucas as organizações estudantis que se aliaram com aqueles que, hoje, implementam os projetos que levam à opressão e exploração da juventude. Por isso, também, dizemos ‘obrigado ANEL’ por nos servir como exemplo de que nossa luta só pode ser vitoriosa se for travada contra estes mesmos governos e patrões, de forma combativa e independente. Obrigado pela coragem”.

A fala seguinte veio de um ponto bem ao norte do continente americano: o Quebec, no Canadá, representado pela Associação para a Solidariedade Sindical Estudantil (ASSE), que foi uma das protagonistas das greves que varreram o país, durante seis meses, em 2012.

Falando em nome da ASSE, a estudante Émilie destacou a importância das “ações diretas” na luta contra os planos de exploração e a repressão do Estado: “No Quebec, os estudantes logo perceberam que deveriam conduzir suas lutas contra aqueles que se apropriam de nossas riquezas e impedem que os estudantes tenham acesso à educação pública, gratuita e de qualidade: os bancos, as empresas e os representantes do Capital. Por isso, desde início, promovemos bloqueios de bancos, indústrias e, inclusive, por duas vezes, do porto de Montreal”.

No decorrer das mobilizações, foram presas cerca de 3 mil pessoas, o que só fez ampliar o apoio da população, transformando a greve estudantil em um “greve social” que, “durante semanas, noite após noite, inspirados pelo exemplo chileno, fazia panelaços, sempre às 8 da noite, em apoio à nossa luta”.

Voltando para o extremo sul do continente, foi a vez do argentino Nacho dar sua saudação ao Congresso: “também acho que a Anel está dando um exemplo para todos nós; não só de garra e de luta, mas também de que a única forma de nos organizarmos é respeitando os estudantes que estão nas escolas e universidades; construindo um movimento firmemente apoiado em suas bases”.

Lembrando que esteve no I Congresso, Nacho disse que é visível que “a Anel amadureceu nas lutas e, cada vez mais, está se transformando num instrumento capaz de organizar e apresentar uma alternativa para aqueles que não estão dispostos a pagar pela crise criada pelos governos e patrões que atacam os direitos e condições de vida da juventude e dos trabalhadores”

A juventude europeia ainda sonha. E luta!

Dando sequência ao ato, a espanhola May El Assir começou sua fala lembrando que, na Europa, a Troika (Banco Mundial, FMI e União Europeia) está tentando “roubar os sonhos da juventude e socializar a barbárie no continente, levando milhões e milhões a uma situação desesperadora. Os exemplos são muitos e lamentáveis. Na Espanha, mais de 50% da juventude está desempregada; na Grécia, um terço da população vive abaixo da linha da pobreza; em Portugal, na Itália, na Irlanda e continente afora, a situação não é diferente. Em todos os cantos, querem que os trabalhadores e os jovens paguem pela crise com seu sangue e suor. Mas nós não iremos permitir que isto aconteça. Nós seguimos sonhando. Nós seguimos lutando”.

Como exemplo disto, May citou as vigorosas mobilizações e greves que têm varrido seu país e o continente: “Tivemos o 15M, no Estado Espanhol, e, depois, o 14N – a primeira greve geral continental. São lutas como estas que nos lembram que somos uma juventude que ainda tem futuro”.

Um futuro, que ainda segundo May, só pode ser construído em estreita unidade com os trabalhadores e contra todos os exploradores, inclusive “aqueles que, hoje, se apresentam como representantes do povo, mas nada mais fazem do que nos traírem; seja o Partido Socialista Espanhol, o Bloco de Esquerda de Portugal ou os governos do PT no Brasil. Para todos eles, a ‘saída’ para a crise é a mesma: nos massacrar.Mas, nós, estamos construindo um outro caminho, uma outra saída: a unidade dos trabalhadores e dos povos”.  

África e Haiti: histórias de exploração e luta

Presente na mesa como representante do Quilombo Raça e Classe e das caravanas organizadas pela CSP-Conlutas em solidariedade ao povo haitiano, Júlio Condaque lembrou que neste fim de semana completam-se nove anos da vergonhosa ocupação do país caribenho pelas tropas da Minustah, lideradas pelos governos petistas: “São nove anos de dor, violência e sofrimentos impostos contra a primeira revolução negra em nosso continente. Mas, também, nove anos nos quais a CSP-Conlutas, à qual a ANEL é filiada, não parou de lutar em defesa de nossos irmãos haitianos. Uma campanha que, tenho certeza, será reafirmada e intensificada por este congresso”.

Vindo do outro lado do Atlântico, o próximo orador também falou sobre a perversa combinação entre racismo e exploração capitalista. O estudante senegalês Falilu lembrou que “o continente africano tem sido explorado desde sempre; no Senegal, hoje, isto se traduz na privatização de tudo e qualquer coisa (água, energia, transportes etc.) e na destruição de nossas terras que têm sido tomadas para uma produção agrícola mercantilizada e voltada para a exportação, enquanto milhões dos nossos passam fome”.   

Assim como os demais oradores, Falilu destacou que isto não tem acontecido sem resistências. Muito pelo contrário. Particularmente na área da educação “professores e estudantes não param de lutar, através de mobilizações e greves. Por isto estou aqui. Para aprender com vocês, pois hoje compreendo que a luta que travamos lá é um luta de todos nós, é uma luta mundial”.

“Suría bída ruriê”

Foi assim, em árabe (com auxílio de uma “cola” distribuída no plenário), que os convidados mais esperados da noite, os estudantes Thaer e Abdullah, foram recebidos pelos participantes do congresso. “A Síria exige liberdade” foi o grito de guerra que tomou o plenário assim que seus nomes foram anunciados.

Pouco antes deles, haviam falado Maren Mantevani, da organização “Stop de Wall” (parem com o muro) – que defende o fim do apartheid e dos crimes sionistas impostos contra o povo palestino (veja matéria aqui) – e Herbet Claros, do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, que ressaltou a importância da solidariedade internacional, dando como exemplo o Encontro Internacional, organizado pela CSP-Conlutas e o Solidaires francês, em março passado.

Para Herbert, tanto o Encontro quanto o ato que estava sendo realizado naquele momento são exemplos da “maior ousadia da CSP-Conlutas e as entidades filiadas a ela, como a ANEL: manter viva a bandeira do internacionalismo. Não só através das palavras, mas de ações concretas que têm marcado a história da ANEL desde sua fundação”

Em sua fala, Herbert também destacou o enorme significado que as revoluções em curso no Oriente Médio e no Norte da África têm tido para a juventude do mundo inteiro: “Nos anos 1990, teve gente que disse que a ‘história tinha acabado, que o sonho do socialismo tinha desaparecido’. Pois bem, Thaer e Abdullah estão aqui para nos lembrar o quanto estes senhores estavam errados: as lutas na Síria e em toda aquela região do planeta nos lembram e nos ensinam que a classe operária e a juventude não desistiram de sonhar. Não desistiram de lutar pela revoluções”.

Antes de passar a palavra aos companheiros sírios, Clara Saraiva, da Executiva da ANEL, lembrou que, com este ato, a entidade estava antecipando em algumas poucas horas o “Dia Global de Solidariedade a Síria”, aprovado no Encontro de Paris, para 31 de maio.

“Acháb Iuríd escáte nizâm”

“O povo quer o fim do regime” foi mais uma palavra de ordem que os participantes gritaram, desde vez ecoando as imagens vistas em um vídeo que mostrava o processo de organização e as lutas da União Síria dos Estudantes Livres organização da qual Thaer e Abdullah são dirigentes.

Thaer contou que a USEL foi formada no calor das lutas revolucionárias e tem grande parte de sua atividade sendo feita na clandestinidade, em função da repressão sanguinária de Bashar Al Assad. Apesar disto, a entidade tem cumprido um papel cada vez maior não só na organização das lutas da juventude, mas também em apoio a refugiados, filhos e parentes dos “mártires” (aqueles que morreram no processo revolucionário) e na construção da solidariedade em torno da Revolução.

Como lembrou, “a nossa luta começou pacífica, em protesto contra o massacre de inocentes por parte das forças assassinas de Al Assad. No entanto, a cada protesto por justiça, a repressão aumentava; o número de mortos e presos não parava de crescer e é por isso que dizemos que fomos praticamente ‘obrigados’ a fazer a revolução. E, agora que começamos, apesar das muitas dificuldades, iremos até o fim. Até a vitória. E para tal, o apoio internacional é fundamental. E por isso que estamos aqui e por isso, também, nos emocionamos tanto ao ver a garra com a qual vocês, da Anel, defendem a causa do povo sírio”.

Abdullhah enfatizou a importância desta solidariedade diante da política genocida do ditador sírio. “Somente entre os jovens estudantes, o número de mortos chega aos milhares; centenas morreram sob tortura. Nem crianças nem mulheres têm sido poupadas. Al Assad é um criminoso assassino. E é por isso que queremos o fim do regime. Para construir uma sociedade livre, onde possamos viver, estudar e construir um futuro”.

Muitos jovens, uma só luta

No plenário, cobertos por uma gigantesca bandeira síria, os delegados e participantes do II Congresso da Anel deram uma emocionante demonstração de que a entidade não medirá esforços para ajudar os jovens sírios transformarem seu sonho de liberdade em realidade.

Um sonho que, como o ato deixou evidente, hoje é compartilhado por jovens de todos os cantos do mundo. Do norte ao sul das Américas. Na Europa ou na África.

Com este objetivo, Clara Saraiva lembrou que, até o final do Congresso, serão apresentadas resoluções que aprofundem o manifesto internacional construído em uma reunião que aconteceu depois do congresso anterior e apontem para novas iniciativas.

CONGRESSO TEM INÍCIO COM AMINAÇÃO PARA OS DEBATES E PREPARAÇÃO DAS LUTAS

O 2º Congresso Nacional da ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes Livre) teve início com a animação típica da juventude ligada às lutas. Palavras de ordem, bandeiras levantadas e o clima das assembleias, debates, greves e ocupações em universidades estavam presentes na abertura das atividades que acontecem desde hoje até domingo (2/5), em Juiz de Fora (MG).


A composição da mesa de abertura expressava uma das linhas programáticas da entidade: a aliança operário-estudantil, contando com a representação da CSP-Conlutas, Andes-SN, Sinasefe, Fasubra, Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP), Federação Nacional dos Petroleiros e do líder seringueiro do Acre, Osmarino Amâncio, contemporâneo de Chico Mendes, entre outros.

Essa aliança foi defendida e ressaltada pelos representantes das categorias de trabalhadores presentes.

O membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes defendeu essa aliança e resgatou a importância da Anel na defesa da educação pública e de qualidade no Brasil “contra a política do governo Dilma que destrói a educação no país”.

Já o representante da Federação Nacional dos Petroleiros, reafirmou a importância da luta contra a privatização do petróleo e a sua entrega às multinacionais e o papel da juventude nisso. “OS EUA invadem o Iraque, Afeganistão e ocupa o Oriente Médio para se apossarem do petróleo e, no Brasil, Dilma promove o maior leilão da história, maior do que os da época de FHC, para o Brasil exportar petróleo para alimentar o imperialismo, que mata e explora ao redor do mundo“, afirmou. “Os petroleiros e a Anel estarão juntos na luta por uma Petrobrás 100% estatal , controlada pelos trabalhadores e a serviço da soberania do país“, disse Coffi.

Osmarino Amâncio era esperado por muitos devido a sua luta em defesa dos seringueiros do Acre e da Amazônia. O líder defendeu a união entre estudantes e os povos da floresta contra o agronegócio e o chamado “capitalismo verde”.

Internacionalismo - Além da aliança operário-estudantil, a Anel é defensora do internacionalismo. Assim a dirigente da entidade, Clara Saraiva, responsável por abrir o congresso resgatou o apoio da entidade às revoluções da juventude árabe contra ditaduras como a de Mubarak no Egito e da juventude síria contra a ditadura Assad. São convidados do congresso dois jovens da União dos Estudantes Livres da Síria.

No último período Anel teve atuação intensa em campanhas de solidariedade em lutas de estudantes de diversos países. Entre eles os países árabes, Canadá, Chile e países europeus onde os estudantes saíram à luta.

Independência e luta - Clara ressaltou ainda a independência daquele congresso e da entidade a qual faz parte, lembrando que simultaneamente ao Congresso da Anel está acontecendo o Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), em Goiás. “No congresso da UNE está Mercadante, mas aqui, ao contrário, estão todos aqueles que construíram a grande greve de 2012 e os representantes da classe trabalhadora“, afirmou.

Ao observar a presença dos estudantes no plenário da mesa de abertura, Clara ressaltou: “Acabou o monopólio da UNE no movimento estudantil, há hoje dois congressos acontecendo, mas apenas um vai armar a luta dos estudantes para o próximo período“.

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