“Nas praças, aqui e no mundo o novo pede passagem”. Esse slogan definiu bem o que foi o 1° Congresso Nacional da Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre). Com a presença de 1.100 delegados representando 23 estados e o total de 1.700 pessoas entre estudantes, trabalhadores do movimento popular e sindical, o congresso contribuiu para consolidar e fortalecer ainda mais a entidade que completou neste mês dois anos de idade.
De 23 a 26 de junho, estudantes debateram temas como a situação nacional e internacional, a educação, a importância da aliança de estudantes e trabalhadores em suas lutas, a legalização das drogas, o meio ambiente.
No primeiro dia, durante o debate sobre Educação e conjuntura nacional, houve o lançamento da Campanha Nacional dos Estudantes contra o PNE (Plano Nacional da Educação). Paralelo a esta campanha, a Anel defenderá 10% do PIB para a Educação já! A professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte, participou de uma palestra sobre educação com intelectuais da área.
No segundo dia o destaque foi para as questões internacionais. Representações da Palestina, Espanha e Argentina, levaram seu apoio ao Congresso. A Anel informou sobre sua recente viagem ao Egito e das lutas que o povo no Norte da África vem travando contra regimes ditatoriais. O membro da Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Dirceu Travesso, abordou as mobilizações em curso na Europa contra os pacotes impostos pelo FMI e União Européia que retiram direitos dos trabalhadores. A organização, concepção e debate sobre finanças da entidade também foram debatidos neste dia.
O tema luta contra opressões não ficou de fora e foi discutido no terceiro dia com a representação de diversos movimentos que estiveram presentes no congresso. Além disso, painéis temáticos, com diversos assuntos, também chamaram atenção dos presentes. Temas relacionados à saúde, à moradia, cultura entre tantos outros foram abordados e contribuíram para a definição do programa da entidade.
O último dia foi dedicado às resoluções. Entre as principais questões, ficou definido o apoio da Anel a luta dos bombeiros do Rio por anistia, 10% do PIB já para Educação e a Campanha Nacional contra o PNE. “Vamos nos incorporar a jornada de lutas de agosto convocada pela CSP-Conlutas. No dia 24 haverá uma plenária dos estudantes em Brasília. Além disso, vamos organizar e intensificar nos locais de estudo, de 17 a 26 de agosto, a campanha em defesa da Educação”, disse Clara Saraiva.
“O Congresso da Anel foi extremamente positivo. Buscamos a cada dia e a cada luta ser referência de independência do governo. Podemos dizer com esse Congresso que a Anel é um movimento consolidado, somos uma alternativa de luta para os estudantes do país”, disse a estudante. Clara finaliza ressaltando a importância da participação da Central na organização do evento. “O apoio da Central foi fundamental, se não por isso o congresso não teria ocorrido e não teria sido o sucesso que foi”.
Conheça o site da ANEL e veja as fotos do Congresso: http://anelonline.org
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